Fascite Plantar: o que é, o que causa e como tratar!

Você ou alguém que você conhece foi diagnosticado com fascite plantar e está curioso para saber mais sobre o assunto?

Ou quem sabe já está até mesmo tratando e não obteve melhoras?

Veja aqui neste artigo tudo que há para se saber sobre a fascite plantar e quais os melhores tratamentos com o Dr Eduardo Arbildi!

Melhor médico para Fascite Plantar?

O Dr Eduardo Arbildi é médico formado em Ortopedia e Traumatologia, sendo especialista em pé e tornozelo, com treinamento avançado em Fascite Plantar!

O Dr Eduardo atende na cidade de Anápolis – GO e tem como diferencial a presença do aparelho de ultrassom no consultório, proporcionando uma facilidade enorme para o exame médico, podendo proporcionar um diagnóstico mais preciso e rápido, te ajudando a agilizar o seu processo de tratamento!

Ele também realiza procedimentos minimamente invasivos e cirurgias sem cortes para algumas patologias como a joanete!

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O que é Fascite Plantar?

A fascite plantar se caracteriza por uma alteração estrutural que afeta a fáscia plantar, uma faixa espessa de tecido conjuntivo que corre ao longo da sola do pé, ligando o osso do calcanhar aos dedos.

Sua principal função é sustentar o arco do pé e absorver os impactos durante atividades físicas, função que ela divide com a musculatura interna do pé, que chamamos de “core” do pé.

Apesar de frequentemente associada à inflamação, a fascite plantar é mais corretamente caracterizada como uma degeneração da fáscia, não necessariamente acompanhada de inflamação.

Nada impede de você ter feito vários processos inflamatórios na própria fáscia ao longo do tempo, ou então em tecidos ao redor da fáscia (como músculos e ligamentos), e estas inflamações terem levado a uma evolução negativa da estrutura da fáscia plantar.

Mas é importante que você entenda que o mais comum é não envolver necessariamente um processo inflamatório local.

Por isso que quando realizamos o tratamento somente com repouso, analgésicos e anti-inflamatórios nós não tratamos corretamente a Fascite, uma vez que somente estamos melhorando a inflamação, mas não a doença estabelecida.

A recuperação da doença envolve exercícios específicos em fisioterapia após sessões que estimulam a cicatrização, sejam elas feitas de forma minimamente invasiva ou não-invasiva, como irei te mostrar mais a frente neste artigo.

Qual a diferença entre Fascite Plantar e Esporão de Calcâneo?

Fascite plantar e esporão do calcâneo são duas condições distintas que afetam o pé, embora possam ocorrer simultaneamente e compartilhar alguns sintomas.

Existem autores que entendem que o esporão é causado pela tentativa do corpo de corrigir e dar estabilidade a um local muito machucado, assim como faz calcificações nas artroses.

Outros já dizem ser por tração da fáscia plantar ou de músculos internos do pé, como ocorre nas entesites.

A verdade é que ainda não há um consenso absoluto sobre o assunto e a conduta pessoal do Dr Eduardo é tratar as duas como patologias diferentes.

Assim, em resumo temos que:

Esporão do calcâneo

• É o crescimento ósseo anormal no calcanhar, na região de inserção da fáscia plantar ou do músculo flexor curto dos dedos.
• Muitas vezes não causa dor, mas pode contribuir para o desenvolvimento da fascite plantar.
• Pode ser causado por fatores genéticos, uso excessivo ou doenças como as Artrites.

Fascite plantar

• É a inflamação da fáscia plantar, um tecido fibroso que se conecta do calcanhar aos dedos do pé, dando estabilidade para a estrutura óssea do pé.
• Causa dor na sola do pé, principalmente no calcanhar, que piora pela manhã ou após longos períodos de repouso.
• Pode ser causada por uso excessivo, obesidade, calçados inadequados ou desalinhamento postural.

O que causa a Fascite Plantar?

A fascite plantar pode ser causada por diversos fatores, incluindo:

• Uso excessivo: Atividades repetitivas como corrida ou ficar em pé por longos períodos podem levar a microlesões na fáscia.
• Biomecânica inadequada: Pés planos, arcos altos (pés cavos), pronação ou supinação excessiva dos pés durante a marcha são fatores de risco.
• Calçados inadequados (mais comum): Sapatos sem suporte adequado ao arco do pé ou amortecimento insuficiente podem contribuir para o problema.
• Obesidade: O excesso de peso coloca pressão adicional sobre a fáscia plantar.
• Idade: A perda de elasticidade e a degeneração dos tecidos com o envelhecimento podem predispor à fascite plantar.
• Falta de alongamentos: nao alongar corretamente os músculos da panturrilha podem levar a um encurtamento da cadeira posterior (músculos e tendão do calcâneo), levando a uma tração excessiva na fáscia plantar.

Quais os sintomas de quem tem Fascite Plantar?

O sintoma mais comum da fascite plantar é a dor na região do calcanhar, que geralmente é mais intensa ao dar os primeiros passos pela manhã ou após longos períodos de inatividade.

A dor pode diminuir com o movimento, mas provavelmente retornará após o repouso de atividades prolongadas.

Mas também pode existir a dor na região entre os dedos e o calcanhar, assim como em conjunto com a dor na região inferior do calcâneo.

A dor costuma ser em forma de queimação ou sensação de aperto e agulhadas, costumando passar após massagens, uso de analgésicos e repouso.

A dor não costuma “correr” para outros locais dos pés ou panturrilha.

Quais outros diagnósticos podem confundir com a Fascite Plantar?

Outras causas de dores nas mesmas regiões da fascite plantar incluem as seguintes patologias:

• Fraturas no osso calcâneo
• Lesões tumorais na região do osso do calcâneo
• Tendinite do aquiles
• Bursistes retro ou subcalcaneanas
• Osteoporose
• Neuropatia de Baxter
• Artrites e artroses

Por isso não se prenda somente a um possível diagnostico de fascite plantar, é extremamente importante consultar um médico ortopedista especialista em pé e tornozelo para buscar a resposta se talvez não poderia ser alguma destas outras patologias!

Para você que já está tratando a fascite plantar e não está tendo melhora, às vezes a resposta pode ser que na verdade o diagnostico de fascite plantar não era o correto, e sim alguma destes listadas acima!

Qual o melhor tratamento para Fascite Plantar?

O tratamento da fascite plantar evoluiu bastante nos últimos anos.

Antigamente ela era tratada somente com analgésicos, anti-inflamatórios e fisioterapia.

Com o advento do ultrassom e das ondas de choque, a gama de tratamentos disponíveis aumentou bastante.

Hoje nós tratamos a fascite plantar de uma forma muito melhor, que irei te explicar um pouco mais abaixo

Mas primeiro gostaria que você entendesse o processo, para não achar que seu médico te tratou errado, pois ele poderia somente não estar plenamente atualizado.

Tratamento Inicial:

O tratamento sempre começa por pequenas orientações e mudanças de hábitos que devem ser avaliadas pelo médico e aplicadas pelo paciente desde o inicio do tratamento.

Sendo que algumas delas podem e deverão ser mantidas pelo paciente após o tratamento, a fim de evitar o retorno dos sintomas.

Esses tratamentos e mudanças são:

• Avaliação e mudança de calçados
• Alongamentos específicos
• Mudanças de hábitos alimentares e de exercícios
• Uso de medicações analgésicas e anti-inflamatórias

Essas mudanças são de fundamental importância para o seu tratamento, pois envolvem o controle da dor e inflamação, assim como a retirada de possíveis causas da fascite plantar.

E qual o atual panorama do tratamento? O que mudou tanto assim?

Bom, hoje nós tratamos a fascite plantar com dois principais mecanismos: a os procedimentos minimamente invasivos e as ondas de choque (não-invasivo).

Tratamento Minimamente Invasivo:

Damos este nome aos procedimentos que não envolvem cortes na pele para a sua realização, como é feito na cirurgia tradicional.

Elas são realizadas no próprio consultório médico ou em sala de procedimentos própria para tal.

Podem ser realizados no tratamento minimamente invasivo:

• Infiltrações guiadas por ultrassom com Corticoide
• Infiltrações guiadas por ultrassom com Ácido Hialurônico
• Infiltrações guiadas por ultrassom com Solução de Glicose Concentrada
• Infiltrações guiadas por ultrassom com uma combinação dos elementos acima, também podendo associar ao uso de anestésicos locais de longa duração
• Hidrodissecção (procedimento médico de liberação tecidual com auxílio do ultrassom)
• Fenestracões (são realizadas pequenas liberações da Fáscia Plantar para auxiliar na cicatrização)
• Combinação dos elementos acima em uma mesma sessão ou diferentes sessões em um plano de tratamento.

Tratamento com ondas de choque:

Este tratamento envolve o uso de um aparelho especializado que faz pequenos traumas tecidas em locais específicos.

No tratamento da fascite plantar, miramos na região da fáscia plantar para causar pequenas lesões, assim como fazemos na fenestração no procedimento minimamente invasivo.

Estas pequenas lesões associadas a um tratamento fisioterapêutico levam a uma cicatrização correta da fáscia plantar.

Também podemos associar o uso de palmilhas ortopédicas para fornecer suporte adequado ao arco medial e reduzir a tensão na fáscia naqueles pacientes que ou optam por não realizar nenhum tratamento ou naqueles que tem sintomas importantes que necessitam de uma ajuda a mais na sua recuperação.

A escolha pessoal do Dr Eduardo é sempre individualizar o tratamento para cada paciente, pois nem todos chegam a consulta com o mesmo caminho trilhado.

Alguns pacientes vão logo nos primeiros sintomas, outros já vem após longos anos sem tratar ou até mesmo já tendo tratado em outros locais com diferentes técnicas, sem sucesso.

Assim, precisamos sempre entender bem o caso, sendo necessário passar com uma consulta médica com um bom exame de ultrassonografia para identificação e classificação do grau de comprometimento da fáscia plantar.

E a Fisioterapia?

A fisioterapia é um tratamento eficaz para fascite plantar, que visa reduzir a dor e a inflamação, além de melhorar a flexibilidade e força do pé.

Ela deverá ser realizada em todas as modalidades de tratamentos disponíveis para a Fascite Plantar, desde o inicial e sempre após os procedimentos minimamente invasivos ou não-invasivos, como a onda de choque.

São utilizados diversos equipamentos e terapias manuais para a melhora da dor aguda e dessensibilização do local da dor.

É importante ressaltar que os exercícios de fisioterapia para fascite plantar devem ser realizados sob a orientação de um profissional qualificado, como um fisioterapeuta, para garantir a execução correta e evitar o agravamento da lesão.

O fisioterapeuta poderá avaliar a condição individual de cada paciente e prescrever os exercícios mais adequados, além de orientar quanto à frequência e intensidade dos mesmos.

Posso fazer os exercícios em casa?

Poder você pode, porém, não é recomendado.

Alongamentos simples e movimentações articulares como as apresentadas abaixo podem ser realizadas em casa pelo paciente em tratamento, porém, o ideal seria ter um acompanhamento de um fisioterapeuta, para evitar lesões e agravamentos.

Como já disse lá no início da parte de tratamento, as medidas iniciais seguem ao longo de todo o tratamento e algumas devem ser mantidas mesmo após o termino do tratamento, como é o caso das mudanças de hábitos e exercícios, assim como os alongamentos e a alimentação correta.

Para aqueles que já terminaram o tratamento e estão familiarizados com o procedimento e a maneira de realizar,

Alguns exercícios que você pode realizar em casa são:

• Alongamentos:
  • Alongamento da fáscia plantar: Com o pé afetado para trás, apoie os dedos no chão e incline o corpo para frente, alongando a panturrilha e a fáscia plantar. Faça 3 sessões de 30 segundos na posição.É importante sentir uma leve dor na panturrilha durante o exercício, se não sentir ou sentir de maneira exagerada está fazendo errado.
  • Alongamento do tendão de Aquiles: Com um pé à frente do outro, incline o corpo para frente, mantendo o calcanhar de trás no chão, alongando o tendão de Aquiles. Faça 3 sessões de 30 segundos na posição.É importante sentir uma leve dor na panturrilha durante o exercício, se não sentir ou sentir de maneira exagerada está fazendo errado.
  • Alongamento com toalha: Sentado com a perna estendida, coloque uma toalha na ponta do pé e puxe em direção ao corpo, alongando a fáscia plantar. Faça 3 sessões de 30 segundos a 1 minuto na posição. É importante sentir uma leve dor na panturrilha durante o exercício, se não sentir ou sentir de maneira exagerada está fazendo errado.

• Exercícios de fortalecimento:
  • Elevação de calcanhar: Em pé, eleve os calcanhares do chão, ficando na ponta dos pés, fortalecendo a panturrilha. Fazendo 3 sessões de 20 elevações.
  • Exercícios com bolinha: Role uma bolinha de tênis ou golfe sob o pé, massageando a fáscia plantar e ajudando a relaxar os músculos por 10 minutos de manha e a noite.
  • Exercícios com os dedos: Pegue objetos pequenos com os dedos dos pés, como bolinhas de gude ou canetas, ou puxando uma toalha, ajuda a fortalecer os músculos intrínsecos do pé, por 10 minutos de manhã e a noite.

• Mobilização:
  • Movimentos circulares com o tornozelo: Gire o tornozelo em círculos no sentido horário e anti-horário, mobilizando a articulação. Faça 3 sessões de 1 minuto para cada lado.
  • Massagem com rolo: Utilize um rolo de espuma para massagear a panturrilha e a sola do pé, liberando a tensão muscular. Faça 3 sessões de 1 minuto em cada pé.

Adicionalmente, pode congelar uma garrafa lisa de água ou refrigerante com água e realizar movimentações como a massagem com um rolo, garantindo assim a mobilização e um tratamento com gelo local.

Cuidado para não usar por tempo demais, o frio exagerado pode machucar sua pele!

Faça intervalos de 1 a 2 minutos entre cada sessão e utilize um pano para evitar o contato direto!

Faça também 3 sessões de 1 a 2 minutos, fazendo os intervalos corretos.

Como você pode perceber, tem como fazer os exercícios em casa sim, porém, há muitos fatores complicadores, portanto, oriento que o ideal para quem ainda está em tratamento é sempre realizar com a ajuda de um fisioterapeuta capacitado!

Aos que já trataram e sabem realizar da maneira correta após o correto ensinamento e auxilio do fisioterapeuta podem realizar sem supervisão em casa.

Prevenção

A prevenção da fascite plantar é o melhor remédio existente para essa patologia.

Ela envolve o uso de calçados adequados, onde, idealmente, utilizaríamos calçados que permitam você sentir melhor o chão, que não tenham elevação da parte dos dedos, que não tenham salto (mesmo que pequeno), tudo isso visando diminuir a chance de encurtamento da cadeia posterior e tensão na fáscia plantar.

Buscar manter um peso saudável e fazer alongamentos regulares para manter a flexibilidade da fáscia plantar e dos músculos da panturrilha, como uma forma também de auxiliar a diminuir a tração sobre a fáscia plantar.

Assim como manter as alterações de alimentação, rotina e os alongamentos, fortalecimentos e mobilizações indicadas durante o tratamento.

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Fonte:

https://www.abtpe.org.br/saude-tornozelo-pe/fasciite-plantar-e-o-esporao-do-calcaneo